segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Eternamente jovem...


A idade se quer tem algum valor, eu particularmente vou ter 17 anos eternamente, porque nunca vou deixar de gostar das coisas daquela época...Hoje, tenho muito mais pra contar do que aos 17...mas eu somei tudo, não deixei nada de lado, meu lado menina ainda está aqui e vivo.

Gosto da roupinha descolada e tênis no pé, porque não há nada melhor que se libertar de um salto alto no fim do dia. Gloss sabor melancia e mensagens apaixonadas no celular no meio da aula, não faço tipo e nem me esforço para parecer mais séria, eu não convenceria mesmo...

Há quem discorde disso, mas eu adoraria ter um quarto cheio de bichinhos de pelúcia, colorido. Meus ursinhos estão dentro do armário, eles apenas mudaram de lugar...E o lápis de cor?? Faço coleção deles, recheiam as minhas gavetas, assim como as figurinhas que uso pra decorar meus scrapbooks. E como me delicio nas lojinhas de guloseimas, mas não degusto tudo como nos meus 17 anos...verdade seja dita, o corpinho muda...

E vou continuar gostando de cor-de-rosa, de material de papelaria, de tarde de chuva com brigadeiro de panela, porque essa sou eu, que sempre gostou das mesmas coisas, mesmo que a fase passou... eu continuo gostando...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hoje é dia de Maria...


Dia de chuva combina com bolinho de frigideira...e com organização de gavetas...Não posso sair, não tem sol, tá frio e cinza, então vou organizar minhas coisas. Organizar aquela caixa de sapatos cheia de papéis, importantes ou não que vou guardando sem saber o porquê. E leio um por um, com medo de me desfazer de algo importante, como aquela foto tirada a muito tempo atrás e que nos faz rir sozinhos...

Gosto de jogar coisa fora, gosto do limpo. Guardo só o que acho importante, como aquele bilhete que minha melhor amiga me passou na faculdade, numa aula tediosa de uma segunda à noite. Guardo a foto daquela festa que esperei ansiosa pra ir e pessoas importantes para mim estavam lá.

Mas jogo fora a fatura do cartão de crédito debitado em conta, que está ali só para me fazer lembrar como eu gasto, de como compro coisas que não preciso. Jogo fora um número de telefone que nem lembro mais de quem é. Se não lembro, não é importante. E vou me desfazendo de tudo que não me soma. E a chuva cai.

Fazendo um barulhinho de goteira, e eu tão concentrada nos papéis que mal ouço, porque leio tudo antes de jogar fora. E assim faço com tudo, avalio se é importante, se não for vai para lixo, e se for, volta pra caixa.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Doces lembranças



No dicionário, nostalgia é também uma tristeza, mas falo da nostalgia como aquela saudade doída, que bate tristeza de alguma coisa boa que se foi...de um amigo que foi pra longe, da turma que não se encontra mais, da música que não toca no rádio faz tempo, do pique que foi perdido...
Nostalgia da faculdade, das amigas, e digo amigas mesmo! Saudades das nossas reuniõezinhas particulares e das nossas confissões pós-adolescentes. Segredos guardados a sete chaves. Uns nem tão importantes assim, que posso até revelar aqui, como a briga boba entre as meninas da sala, comportamento de um jardim de infância eu diria, mas isso consumia uma energia...e os bilhetes durante a aula rolavam soltos.
Falta imensa que sinto da época dos 15 anos, quando a única responsabilidade era passar de ano na escola, eu não tinha celular nem internet, por que legal mesmo era passar as tardes com minhas amigas, escrevendo na agenda e falando dos meninos, numa época em que beijar era tão ou mais importante que o sentimento em si...
Saudade enorme da minha casinha na árvore, do meu escritório – que até hoje me perguntou: escritório de quê? – das bonecas (porque na minha época as meninas brincavam disso!) E quando escuto aquela música, sinto aquele perfume ou passo na frente do colégio...lembranças surgem na minha cabeça como um filme, nítidas e reais, porque foram reais, fatos da minha vida que jamais vou esquecer, das pessoas, dos lugares, das coisas, de tudo.
E todo dia lembro-me de alguma coisa porque minha cabeça não para. Lembro-me da minha melhor amiga Simone, assim como do meu primeiro dia de aula, e do primeiro beijo, tudo com a mesma nitidez e a mesma proporção. Nostalgia não é tristeza, é tanta saudade que dá tristeza. Se o tempo não volta, pra isso existe a lembrança, que ameniza bem pouco o que o tempo nem de longe apagou...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cheiro de coisa boa...

Tem pessoas que têm cheiro de dia de sol! E doces como a cobertura de um bolo de chocolate... impossível não guardá-las no coração. Existem pessoas que conseguem ser inesquecíveis, porque são puras de coração e alma. Estas nos fazem rir como uma história verídica e engraçada e nos fazem chorar na revelação do amigo secreto antes do natal. Dão-nos um belo presente, sem data comemorativa, porque simplesmente lembram-se da gente, gostam de fazer surpresas e como são agradáveis! Companhias incríveis para uma terça-feira sem graça e então nos ligam e nos convidam para “não fazer nada” juntos. E assim sai um belo brigadeiro de panela com um filme velho reprisado na TV e por horas jogam conversa fora. Risadas gostosas ouvidas lá do portão, pra que melhor? Na companhia de pessoas assim você não vê o tempo passar e se pergunta: preciso mais?